desenvolvimento emocional: O Psicológico

Esse vídeo fala sobre a natureza das emoções e como a psicologia contemporânea as enxerga, desmistificando crenças populares. O palestrante, Paulo Daninho, argumenta que as emoções não são fixas ou rígidas, mas sim maleáveis e em constante mudança. Ele destaca que o passado influencia, mas não determina o presente, e que o futuro é probabilístico. A vida é caótica e influenciada por fatores controláveis e incontroláveis. Desenvolver habilidades para controlar os fatores controláveis, como saúde física e social, aumenta as chances de lidar com os incontroláveis. Daninho enfatiza que as emoções variam, são “vazias” no sentido de não terem representação concreta no mundo, e não habitam dentro do ser, mas estão em relação com o mundo. Ele contrasta a facilidade de descrever problemas com a dificuldade de reconhecer o que faz bem, e propõe um exercício de gratidão e identificação de ações que produzem bem-estar. Por fim, o palestrante aborda a importância de desenvolver habilidades para lidar com emoções como raiva, frustração, nostalgia e culpa, e introduz o conceito de responsabilidade emocional e a regulação emocional como diferencial entre adultos e crianças. Ele conclui que as emoções são coerentes com a vida que a pessoa teve, mas não determinam a vida que ela terá, abrindo espaço para escolhas e mudanças no longo prazo.

[00:00:00,000 –> 00:10:00,000] Nesse corte: Paulo Daninho introduz a discussão sobre emoções e psicologia, desmistificando teorias antigas sobre rigidez da personalidade. Ele apresenta cinco verdades da psicologia contemporânea: a psicologia é maleável, o passado influencia mas não determina, o futuro é probabilístico, a vida é caótica, e habilidades como esporte, sono e socialização favorecem a vida. As emoções também são maleáveis, variam e não têm representação concreta, mudando constantemente. Daninho argumenta que as emoções não habitam em nós, mas estão em relação com o mundo, e que frequentemente é mais fácil descrever o que nos faz mal do que o que nos faz bem. Ele propõe um exercício de reflexão sobre gratidão e ações que geram bem-estar.

[00:10:00,000 –> 00:20:00,000] Nesse corte: Daninho discute a natureza das emoções no nível psicológico. Elas refletem nossas habilidades e experiências, sendo influenciadas pela nossa história. Ele exemplifica como pessoas com diferentes habilidades sociais reagem a mudanças como a pandemia ou imigração. O palestrante reforça que as emoções não são estanques e podem ser mudadas, comparando-as a uma linguagem a ser aprendida. Daninho relaciona o biológico e o psicológico, mostrando como habilidades aprendidas para lidar com problemas, como o uso da força, podem ser ineficazes em certas situações, como a criação de filhos, levando à frustração e raiva. Ele destaca a importância de desenvolver habilidades para gerar bem-estar e assumir responsabilidade por ele.

[00:20:00,000 –> 00:30:00,000] Nesse corte: Paulo Daninho discute a importância de se empoderar do bem-estar, descrevendo-o e dominando os mecanismos que o produzem. Ele argumenta que o bem não vem de graça e que é crucial identificar o que nos faz bem em diferentes estados, como cansaço ou agitação. O palestrante ressalta que desenvolver habilidades para o bem-estar diminui a irritação com eventos cotidianos, como trânsito e problemas no trabalho. Ele incentiva a assumir responsabilidade pelas próprias emoções, diferenciando adultos de crianças pela capacidade de regulação emocional. Daninho conclui que mudar é a condição do mundo e que assumir a responsabilidade pelo próprio estresse permite compartimentalizá-lo, abrindo caminho para o desenvolvimento de habilidades emocionais.

[00:30:00,000 –> 00:40:00,000] Nesse corte: Daninho analisa emoções específicas. A raiva surge de necessidades urgentes não atendidas e falha na comunicação, manifestando-se como uma ameaça ou pedido coercitivo. A frustração, semelhante à raiva, está ligada a necessidades não atendidas, mas surge quando tentativas físicas falham, levando a decisões impulsivas. A nostalgia, ligada a emoções de pouco, surge de uma quebra insidiosa na estrutura de vida e idealização do passado. A culpa busca punição por erros cometidos, gerando medo e angústia. Daninho relaciona essas emoções à interação entre o biológico e o psicológico, sugerindo exercícios para mapear indicadores emocionais e desenvolver habilidades para lidar com eles, substituindo ações negativas por positivas. Ele conclui que as emoções são coerentes com a vida passada, mas não determinam o futuro, e que mudanças levam tempo.

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